Por entre serras e coxilhões Silva o apito triste e profundo Trote chasqueiro de alguns vagões Por tantas terras e confins do mundo La no horizonte onde os trilhos se unem Alguém espera por quem não vem Alma tapera que não tem pressa Não fez promessas, nem sonhos têm Lenha e fumaça, minha Maria O tempo passa Já es poesia Meu povoado cresce e floresce Tomou num upa ar de cidade As casas crescem tocando as nuvens E o trem silente deixou saudade Homens vieram e os filhos junto Parindo sonhos, mesclando raças Mas, quem os trouxe parou no tempo Meio escondida sob a fumaça