Incontáveis poesias cantadas Que saíram do amor à procura Foram tantas metáforas tentadas E não o viram em uma simples costura Eu, agulha afiada Rompo e penetro, abro caminhos Tu, linha delicada Escreves nossa história sem desalinhos Força bruta é minha habilidade Foi assim que fui criado Tu és pura sensibilidade Que me arrebatou apaixonado Agulha sem linha É caneta sem tinta Muita força sem virtude Um pincel que nada pinta A linha sem agulha Talento que se extravia É orquestra sem maestro À espera de seu guia Trajetórias com doçuras costuradas Arrematadas em sólidos nós Tecido de maciez refinada Formando o que somos nós