A carta que te jurei escrever Não passou de uma promessa Tornou-se mais um afazer Num dia que corre depressa O charque que o suor salgou Fez-se doce em minha boca Nas lembranças do que ficou Teu pito ecoa em voz rouca Cevo o mate em fim de dia Busco um campo pra bombear Em goles de nostalgia Encontro os olhos a me acalmar Se hoje abro a porteira Retorno pra d'onde eu vim A minha sina estradeira Volta com o melhor de mim Tudo que levei nos braços Sei que dest com carinho No legado de um abraço O teu neto vem ao ninho