Vaqueiro do Arizona, desordeiro e beberrão Corria em seu cavalo pela noite no sertão No céu, porém, a noite ficou rubra num clarão E viu passar num fogaréu um rebanho no céu Y-pi-a-ê, y-pi-a-ô, correndo pelo céu! A rubras ferraduras punham brasas pelo ar E os touros como fogo galopavam sem cessar E atrás vinham vaqueiros como loucos a gritar Vermelhos a queimar também, galopando para o além! Y-pi-a-ê, y-pi-a-ô, seguindo para o além! Centelhas nos seus olhos e o suor a escorrer Sentindo o desespero da boiada se perder Chorando a maldição de condenados a viver A perseguir, correndo ao léu, um rebanho no céu! Y-pi-a-ê, y-pi-a-ô, correndo pelo céu! Um dos vaqueiros, ao passar, gritou dizendo assim Cuidado, companheiro, ou tu virás para onde eu vim! Se não mudas de vida tu terás o mesmo fim Querer pegar no fogaréu um rebanho no céu Y-pi-a-ê, y-pi-a-ô, correndo pelo céu!