No alto da serra um dia Uma alta cruz foi plantada Junto à capela fundada Pelos nossos ancestrais E num chão cheio de vida Nasceu uma terra querida Cruz Alta dos Trigais Quem bebe a água da fonte Carrega a Cruz da Paixão E seu pealo derradeiro Terá que ser neste chão Cruz Alta da Panelina Bendita fonte encantada Quem bebe aqui faz morada E eu quem em teu seio nasci Vou mergulhar em tuas águas Para afora minhas mágoas Por estar longe de ti A minha infância gaudéria Entre teus campos dourados Em meio a bois e arados Que tristeza já passou Hoje as picadas no mato São corredores de asfalto Que o progresso te legou