Na avenida, a vida que não despertou Na avenida, a flor que ainda não se entregou Na avenida, sorte na avenida morte Na avenida, vida de quem viu morrer Na avenida a chance de se lamentar Na avenida espera pra se levantar Na avenida, jogo na avenida louco Na avenida, poço pra se aprofundar Da avenida percorrida Mais coragem pra partida Da avenida cor de sexo, ódio, amor Sangue e reflexo Na avenida, chão de sombras de vapor Na avenida, noites, dias de calor Na avenida roxa, na avenida preta Na avenida branca, quase incolor Na avenida, lenço de aceno de adeus Na avenida braço divisa de Deus Na avenida Terra, na avenida Marte Na avenida mundo de quem fez pra si Na avenida forças pra se defender Na avenida luta pra quem quer viver Na avenida quarta, na avenida quinta, Na avenida última de percorrer Na avenida tempo pra cronometrar Na avenida máquina pra calcular Na avenida gênio Na avenida dúvida Avenida gente pra sobreviver