Já fui cortador de cana Me chamavam boia-fria Trabalhei com Sol e chuva Dia e noite, noite e dia Trabalhei com Sol e chuva Dia e noite, noite e dia Laiá, lalalaiá, laiá Laiá, lalalaiá, laiá Laiá, lalalaiá, laiá Laiá, lalalaiá, laiá Com apenas doze anos Eu já era um boia-fria No calor do Sol intenso Meu facão mais reluzia Mas eu tinha uma esperança Guardada no coração Eu vou ser alguém na vida Era a minha intenção Fui ganhando e fui guardando Trabalhando noite e dia Com a vitória eu sonhava Com fé em Virgem Maria Meu suor molhou a terra Terra deu compensação Plante cana em campo aberto Produto de exportação Laiá, lalalaiá, laiá Laiá, lalalaiá, laiá Laiá, lalalaiá, laiá Laiá, lalalaiá, laiá Trabalhei em Araraquara Monte Alto e Sertãozinho Moro em Ribeirão Preto Dos mineiros sou vizinho Me chamavam boia-fria Caipira pés no chão Transformei cana em açúcar Pra adoçar minha nação Laiá, lalalaiá, laiá Laiá, lalalaiá, laiá Laiá, lalalaiá, laiá Laiá, lalalaiá, laiá