Como quem não quer nada Qualquer vagabundo De sorte ao avesso Sem dó nem porquê Bem no meio da estrada Descalço no asfalto Da rua esquecida No bairro do ipê E nem me viu chegando Só sentiu na nuca o frescor de quem vê A vida como toldo E que hoje não chova Que seja tudo bobo Pra que eu não diga não Nem olhe assim Que eu não aguento esse colibri Se eu peço paz, você ri de mim E fala mais só pra ser ruim Eu tô afim Do seu aroma, do frenesi Embaraçando começo e fim Me agradecendo Ainda bem que eu vim