Sou cantadora, violeira, menestrel Sou de um Brasil que é bem mais sertão Tudo que escrevo é em forma de cordel Tudo que canto é improvisação Sons e veredas da terra onde eu nasci Guardo no fundo do matulão Vou lhes contar os segredos que aprendi Peço um momento de atenção: Busca trabalho no que te faz feliz Brinda essa vida com gratidão Mostra que o brilho da flor vem da raiz Com quem precisa, reparte o pão Quando a incerteza teimar em dar sinais Dá voz ao sopro da intuição Não fica à espera de solução fugaz Faz em ti mesmo a revolução Deixa partir o que não quiser ficar Tira a poeira do coração E, se o convite do amor for pra dançar, Dá um sorriso e estende a mão Guia teus filhos na direção do bem Pra que o futuro não seja em vão Pra viajarmos felizes nesse trem Antes de sermos recordação.