Bela É a garganta Da mãe Quando canta Que ao cantar Ela desfia o luar E faz da lã um altar Pro filho, então, sonhar Terna e santa Voz que se agiganta Nos breus E a graça é tanta Que Deus Só pode abençoar É um dom De abrir A voz Pra embalar Igual nos faz O som do mar E atrás Da mãe Quem canta ali É Iemanjá E ouço Tanta gente Que traz A semente Dessa voz Mostrando, feito faróis Que ontem, hoje e após Há sempre alguém por nós Me ilumina Ó, mãe Clementina Que a paz Dessa menina É mais Do que cantar a sós E eu sei Que ter A voz De acalentar É o bem maior Que eu pude herdar E assim Pros seus Os filhos meus Hão de cantar