Cabeça aberta rosto exposta nua inteira O Sol que toca o corpo e o pé na areia A água que lava o meu ser, meu querer minha ilusão Vou no seu compasso, passo Por caminhos que não sinto teu abraço Faço um ninho quero recordar o laço De todo o seu amor eu nunca duvidei Me perco e nem sei Lava, leva, água leve-me leve Distante da memória é tão pertinente O vento e o sereno vem curar a gente E triste reparar que já não tem razão Perdoa a minha fé Há tanta informação num pote de silêncio Dito um livro inteiro dentro do teu beijo De todo o seu amor eu nunca duvidei Te perco e nem sei Lava, leva, água, leve-me leve Despida nas profundezas da alma Transpirando a dor e calma Assumindo as formas entre sombras e luz Me percebo e me aceito Me transformo e reconheço Errei, é fato, falo e mereço! As verdades se emolduram No piscar de olhos pensantes Amantes desenganados Permanecemos confiantes No espaço entre carne e osso Desfecho de intuições quebradas Há vida após a ferida Há corpos, luares e há água! Um novo começo se brinda Despedida é também uma chegada Enalteço a beleza expandida da ferida Que já está curada