Vim de longe léguas Terra espacial Vozes da caverna Do chão do pantanal Eu vivi pra ver todo homem mudar Das trevas do seu criador Que criador, o quê? Que criador? Não posso mais sair descalço Não posso mais (não posso mais) Vou perecendo ao que me come Esperando a minha vez de Ser devorada Pelo povo do senado Eu que era abestalhada Tenho que me esforçar pra me tornar alguém Um tanto civilizada Pro meu povo da catinga Um dia me ver retornar Ser devorada Nordeste carne barata Explorando as minhas matas Ver meu povo a queimar pra me tornar alguém Um tanto civilizada Pro meu povo da catinga Um dia me ver retornar E vão ver o que não sou Só o que pareço ser! Vim de longe léguas, onde habitam ancestrais!