Não pense que eu notei quando você chegou Cabelos negros balançando ao vento Não ache que o meu coração acelerou Eu, na verdade, nem me importo com seu jeito de ser Se o seu sorriso é ironia ou prazer Nem fiquei triste com as notícias do jornal Do ser humano estar se degradando No fim de tudo eu acho até tudo normal Se duvidar, eu nem me importo com quem pede nos sinais, Com quem tem muito e sempre quer muito mais Você se foi e não ficou tudo sem graça Eu já controlo as paixões E não anseio por cantar as nossas próprias canções O banco me roubou e, juro, nem notei O advogado ainda me roubando Você passou e eu fingi que não te olhei A minha fé, quase vazia, meu coração, cansado, A voz, rouca e o relógio, atrasado Se o verde se acabou, eu não me importo, Fecho os olhos prá não ver, Banco o pior cego prá tentar sobreviver Eu me importo... sim, eu me importo... sim, eu me importo