Fecho as cortinas pra não realçar As feridas do meu coração Encontro na esquina pessoas com ar De mistério ou decepção Por nunca chegar antes dessa comédia acabar De ter que aturar, todo dia, as mesmas pessoas no mesmo lugar Enquanto estiver correndo em volta Desse mundo inseguro e fugaz Não saio de casa ou fecho a porta E me apego ao que ficou pra trás Em quantos segundo consigo chegar No final da antiga estação? O trem que me leva sentido ao mar Não atrasa ou perde a noção Do quanto durou pra chegar à nova dimensão De ter que buscar todo dia as mesmas pessoas no mesmo lugar Nem sempre estou certo no que vou dizer Mas nunca esqueço onde vou e o que devo ser