Não me de notícias nem prometa cartas Feito a última vez que você me fez Esperar feito um idiota um cartão Que até agora não chegou E eu não sei se até fui eu que alimentei tal ilusão Feito um garoto mimado mal criado Que chorava e chorava no colo do irmão Pelo brinquedo que ele não podia ter Bem que eu tentei não levar isso tão a sério Mas você questão de assinar todas as capas e folhas Que ocupavam meu caderno E ainda dizia baixo no meu ouvido Que não conhecia nada do famoso paraíso Depois sumia como flashes de tv Não me telefone nem me mande avisos Contando onde está e o que já fez Pois não sou a sua bola de papel Que você rabisca e descarta Até que ponto vai me ter como um troféu Na sua estante, parado, empoeirado Com a única função de relembrar o que aconteceu Enquanto você viaja e se diverte Ocupando outro coração que não o meu Então desapareço e esqueço que um dia já fui seu Não sou seu parque de diversões Mas você pode brincar comigo a hora que quiser O seu emprego sem pretensões Mas prefiro não tomar café Não sei do certo e errado Só ouvi um disparo e a multidão Era você que conquistava mais um coração E não vou mais sair Da sua história como prova de uma invenção Vou rejuvelhecer e escolher outro caminho Que me obrige a ficar longe de você Não sou seu parque de diversões Mas você pode brincar comigo a hora que quiser O seu emprego sem pretensões Mas prefiro não tomar café Não sei do certo e errado Só ouvi um disparo e a multidão Era você que conquistava mais um coração E não vou mais sair Da sua história como prova de uma diversão