Deslizam os rios calmos Do pensamento sem mágoas E nem reparam nas margens No correr das suas águas O vosso fim é o mar Ó rio que só passais Sem vos deter sem olhar As margens que vós deixais Esse mundo onde a saudade Desperta em cada flor Onde há noite e madrugada E risos frescos e dôr Mas vós passais, águas calmas Como passa o pensamento Das puras e brancas almas Sem margens de sofrimento