A Rosa de Alfama trabalha na copa dum bar afamado Já criou a fama de fazer a sopa a cantar o fado E diz quem provou, que nunca encontrou um sabor assim Um gosto a guitarra, a noites de farra e paixões sem fim E o Chico das mesas ganhou pela Rosa amor e carinho E cheio de incertezas, pediu-a por esposa dizendo baixinho És mulher prendada, tem dotes de fada e és destemida Eu sonho acordado viver a teu lado p'ró resto da vida E tal foi o espanto, que a Rosa Maria ficou sem falar E Chico entretanto da copa fugia com o rosto a corar E ninguém pensava que a Rosa aceitava noivar o lacaio E contra o esperado ficou combinado casamento em Maio Juntaram mobília, faiança do norte e mudas de cama Fotos de família, medalhas de sorte e um quadro de Alfama E num lar modesto feliz e honesto ficaram depois E criando os filhos sem terem cadilhos, viveram os dois