Seu Agenor é um cara Que na juventude foi bom de serviço Tinha fama de touro Rabo de saia era seu vício Não podia ver mulher que chegava junto em quem desse bobeira Não perdoava casada, solteira, virgem, nem mesmo freira Mas o tempo foi passando Mesmo de cabelo branco não consegue entender Essa é a lei da natureza Na vida tudo que sobe tem que descer O velho é teimoso e não quer dar o braço a torcer Vive enchendo a cara Perguntando aos amigos o que deve fazer Tome fortificante, catuaba, estimulante, ovo de codorna, vodka e amendoim Se depois disso tudo o senhor não conseguir Toma o azulim, meu filho, e pega com Deus para o ponteiro subir Coitado do Seu Agenor Que lamenta indignado Seu relógio só dá 6:30 Não aguenta mais ver seu ponteiro para baixo