Concentro-me em materializar-te Num engenho auto-poético, Das inigualáveis formas de arte, Que fusionam fervor e senso estético. Estruturando o interno baluarte, Pondo a prova o ceticismo de um cético. Contemplo-te. Dou-me conta que não posso transportá-la Pruma tela; tintas não expressam-na. Ou montá-la em argila, rocha ou mármore, Nem harmonias em consenso manifestam-na, Se rabiscasse os casos tornar-se-iam folclore. Contemplo-te. Dou-lhe a ponta e o teor interminável, A invenção que representa e incentiva, Estimulando a valentia inviolável, Crescente, expansiva e gradativa. Contemplo-te. Contemplo-te como templo da astúcia, Conforto-me ao examinar cada minúcia, Que de ti vem, que detém, que a ti devem. Contemplo-te.