No espelho minha ganância reflete É o que sou E essa cobiça dentro de mim sempre cresce E me dominou Eu já reconheço aquilo que me tomou Meu corpo é tão frágil e já foi consumido Eu vi no espelho tudo aquilo que eu sou E o monstro interior que me fez se tornar isso É que eu sigo enlouquecendo E aos poucos me vendo sumir Eu me sinto tão distante Quase ao ponto de partir Morrendo por dentro Sei que estão me matando E aquelas vozes Malditas vozes consigo ouvir Me deixe sair, eu quero sair Tenho tão pouco tempo Mas sigo lutando E é muito forte, minha alma sofre e quer desistir Senti-los sofrendo é o meu vício O grito é som pros meus ouvidos E no último suspiro Ver seu sangue no final Vive ou morre, eu quem decido Minha presa desde o início Nunca foi o meu ofício Ser tão fora do normal Tô perdido no ódio Só esperando na espreita Pavor e remorso é por causa dessa impureza Sinto desejo por carne Puro de insanidade Preso na minha sombra quase perdendo a cabeça A espera de um milagre que não vai acontecer E que minha consciência não deixe tudo ter fim Deixei meu lado mal ganhar espaço até ceder Porque conheço bem o orgulho que emana em mim Será? Que uma metade da face ainda tem salvação Sei lá A outra já segue em conflito a um passo da extinção No espelho minha ganância reflete É o que sou E essa cobiça dentro de mim sempre cresce E me dominou Eu já reconheço aquilo que me tomou Meu corpo é tão frágil e já foi consumido Eu vi no espelho tudo aquilo que eu sou E o Monstro Interior que me fez se tornar isso Senti-los sofrendo é o meu vício O grito é som pros meus ouvidos E no último suspiro Ver seu sangue no final Vive ou morre, eu quem decido Minha presa desde o início Nunca foi o meu ofício Ser tão fora do normal