Manhã de inverno e eu acordo pensando: Onde eu estou? Perdido em um quarto estranho: Não sei quem sou! Se o mesmo que era ontem e que não sou eu Ou se aquele de todos os meus sonhos e que nunca fui Sou força motriz Cavalo sem raça que puxa A carroça com um destino que é só meu Sou resto e soma das contas erradas da vida Fui o que pegou a estrada mais comprida E o mundo atalhou