Olhou o seu amor
Buscando, loucamente, o adjetivo casual
Que iria acabar com aquele tédio
Incrustado na perfídia de anos de relação
Soado no silencio

Porém, não encontrou
E triste, enlouquecida, disse que era o final
A nossa relação não tem remédio!
Sairei por esta porta sem dizer nenhum clichê
É tudo terminado

Correu por entre os blocos da colina às seis da tarde
Olhou para o céu, buscando a tempestade

Mas em brasília não chove!
Tentou lavar a alma
E em brasília não chove!
Mas não há sonho quebrado
Que um olho não chore!
Tentou lavar a alma
E em brasília não chove

Olhou-se no espelho
Tão jovem, mas com a pele envelhecida pelo sol
Trazendo um falso sonho, tão satélite
Morrendo de saudades do nordeste
Ela entrou na condução

Porém não trabalhou
Pois ao chegar à casa de família, de manhã
Foi acusada de um furto bobo
E a velha rica ofendeu seu povo
Sua raça é de ladrão!

Correu por entre os blocos da colina às seis da tarde
Olhou para o céu, buscando a tempestade

Mas em brasília não chove!
Tentou lavar a alma
E em brasília não chove!
Mas não há sonho quebrado
Que um olho não chore!
Tentou lavar a alma
E em brasília não chove

Olhou o seu carrão
Tão novo e turbinado, um modelo japonês
Dezoito anos e um sonho antigo
Chamou para um passeio o amigo
Que era quase um irmão

Então acelerou
Por entre ruas largas: L4, unb
Ignorando as pedras do caminho
Encerrou no muro o destino
Do amigo que perdeu

Correu por entre os blocos da colina às seis da tarde
Olhou para o céu, buscando a tempestade

Mas em Brasília não chove!
Tentou lavar a alma
E em Brasília não chove!
Mas não há sonho quebrado
Que um olho não chore!
Tentou lavar a alma
E em Brasília não chove

Cookie Consent

This website uses cookies or similar technologies, to enhance your browsing experience and provide personalized recommendations. By continuing to use our website, you agree to our Privacy Policy