Dança a tua valsa fúnebre Sobre o meu futuro leito Me amaldiçoa com a tua mão Vem e faz uma oração Por mim teu profano enfermo De que salvação preciso eu? Viria de ti? Já não conto mais os meus erros do passado Como mais afastado de redenção Eu te experimento em cristal nobre Como um veneno em sucção O mar que habito em ti é só deserto Teus olhos guardam minha alma em epitáfios Podes pisar em meus flancos, já estou perdido A foice riscou minha carne para amenizar tua dor Tu me esperas serena Com a corda em que suspendes Toda a minha existência em linhas mortas Leva embora a minha alma Já não conto mais os meus erros do passado Como mais afastado de redenção Eu te experimento em cristal nobre Como um veneno em sucção Venha dançar e esquecer toda essa dor Meu corpo é teu e redenção nenhuma espera Os teus versos são por mim, poeta, eu sei Então vamos à dança até que o veneno nos corroa o sangue De vez