Vim apertado dentro de um pau-de-arara Abarrotado numa van com clandestinos Pra virar camelô no Rio de Janeiro E dar uma vida melhor para os meus meninos Quando cheguei na cidade maravilhosa De maravilhas a cidade nada tinha Tinha era um bando de moleque marombeiro Que fumava e que bebia pra arranjar umas gatinhas Foi quando eu percebi Meu Deus, que belezura! Vou botar os playboy Pra cheirar rapadura! Traficante nordestino (ê, cabra da peste) Traficante nordestino (só vende rapadura) Eu ajuntei um punhado de papelzinho Pra enrolar o meu bagulho apertado E eu inventei o baseado de calango Que dava onda se fumasse pelo rabo A rapadura era eu mesmo que moía Eu dei emprego pros meus primos, pra minha tia Hoje sou dono do morro cabeça-chata Cujo nome é homenagem aos membros da minha família Parei de usar As drogas-do-sertão Não quero mais raimunda Agora só mulher-melão Eu não melhorei O meu nível de instrução Mas pra quê ensino médio? Tenho um porsche e uma mansão Traficante nordestino chega botando moral Com a samba canção furada e com a cabeça achatada Não tem medo de morrer Cabra macho pra danar Infiltrando seu bagulho ele ta em todo lugar No confronto com os PM se envolve com emoção Relembrando seu passado com o mestre lampião Pa pa ra pa pa ra pa pa ra claque bum O trafica é cabra homem não arrega pra nenhum Só cessa a atividade pra matar a vontade De rapar um bom jabá com jerimum Traficante, traficante, traficante