Ei, ei você, aí! Passa sua carteira! Não tem desenrolo Tampouco consolo Quem não colabora Cata os próprios miolos no chão Ah, como é fresca a brisa do mar Quando se assalta em Copacabana As pessoas são bonitas As carteiras são graúdas Como é bom viver a vida Em meio a tanto bacana! E é assim que eu levo meu ganha-pão Aqui pela Zona Sul eu não topo com caveirão Deixe sua bolsa, seu relógio, seu espelho Seu batom, absorvente e também o seu chapéu Sua bengala, marcapasso, pregadeira Solte essa cabeleira e tire logo esse anel Não Moço, por favor Larga minha carteira Eu sou estudante Não estou distante De toda dureza De um pobre coitado qualquer Sinta só o cheiro da brisa do mar Eu vim matar aula em copacabana Eu saí de Campo Grande de 2469 Passei por Padre Miguel Madureira e Cascadura E eu to mais liso que flanela de algodão O dinheiro do almoço eu investi na condução