Sou um negro forte da periferia Meu tataravô foi escravo E eu sou escravo hoje em dia Sou trabalhador e capoeirista Mais ainda tenho feitor Que é quem comanda a revista A capoeira cresceu Ganhou força girou nesse mundo Mas me chamam de moleque E ainda me tratam como vagabundo Eu não tenho anel bonito Nem diploma de doutor Acordo pedindo desculpa E durmo dizendo por favor Passo dia passo noite Tocando meu berimbau Mas meus filhos não tem nada Quando chega o natal Mas por ser capoeirista Com fundamento no meu ritual Eu vou mostrar para esse mundo O que vale um berimbau Sou guerreiro de verdade Na forças dos orixás Se você não acredita Sua hora vai chegar