Xalauê, xalauê, xalauê, xalauê, xalauê! Olha o bicho de pé no porco Olho o bicho de porco no pé Olho o Jeca coçando a cabeça Será piolho? Será mulher? O olhar de quem me quer bem Não divido com mais ninguém É o ouro é o meu tesouro É meu dote pro além Eu trago a Lua na palma da mão O Sol inclemente começa o verão A chuva minguando, é final de estação Se cai uma manga é manga temporão Por um velho cansado, vivendo o futuro Meninos brincando pelos monturos Confundem com flores baldias dos muros Distantes de quem põe a alma a juro Lavadeiras lavam a alma no rio Batendo a roupa na pedra hostil Expurgando a raiva do corpo viril Insano insensato o homem sem brio Xalauê, xalauê, xalauê, xalauê, xalauê! Olha o bicho de pé no porco Olho o bicho de porco no pé Olho o Jeca coçando a cabeça Será piolho? Será mulher? O olhar de quem me quer bem Não divido com mais ninguém É o ouro é o meu tesouro É meu dote pro além É meu dote pro além Xalauê, xalauê, xalauê, xalauê, xalauê!