Tem uma época do ano, todo mundo fica apaixonado Que é mais ou menos julho A gente vai pro cinema e decreta que a poltrona ao lado Está vazia e é duro Noite termina, lençóis rotos, tablete de Alpino E um merlot na mobília No outro saudades frescas, barra de supino E um melô da Marília E o sentimento assusta, leva a gente longe Num Aperol Spritz masoquista O pensamento custa, leva a alma pra onde Ela não quer ser vista Seres confusos têm um superpoder manifesto De machucar gente incrível Depois de anos eles voltam outros em outro inverno Mas não sobrou nada, é impossível