Há em mim marcas de alguém que deixei de ser Numa tentativa falha de seguir a vida sorrindo Considero válido o infinito sem cor, sem graciosidade alguma Apenas poeira estelar De dentro os restos, despindo a alma Deixando a luz se expor pelo menos uma vez Esperando na janela o brilho dos refugiados surgir no céu Como pássaros libertos da gaiola Por isso eu fujo Corro das definições Ajoelho nesse solo úmido Tudo isso em sua lápide Estou despindo meus sentimentos Por mais um dia