Meu coração cinza, amarga o tempo que eu passo cantando feliz E por mais que eu sinta que esse é o caminho que eu quero seguir A verdade me assusta, é uma roleta russa com o tambor lotado e minha testa de mira Sangue sagrado corre nas minhas veias foi o que ouvi quando soltei meu disco Domingo eu trabalho, não é dia de feira Por isso eu tô gordo e meu sonho é maldito Sacrificado, representante de um nicho Sou um jovem fodido que não pulou cerca com a pessoa certa Arrumei pra cabeça e tudo foi reduzido ao pó Não falta misericórdia se minha jangada é um palco ela naufraga em esbórnia Se era pra ser diferente, queriam contar minha vitória E no primeiro ato de sucesso explícito acham que eu tô rico Invejam meu dia e me jogam pras cobras Minha cabeça é um aeroporto Incendiado e sem vento Insultado pelo tempo E o desgaste tirou a cor A insônia tiram a cor O dinheiro tirou a cor O dinheiro tirou a cor A própria dor tirou a cor Mas é normal, ser a razão dos meus problemas E resolver dilemas que o mundo impõe pra mim Virou normal, atirar pedras no céu esperando cair papel e o fim dos meus dias ruins É casual, o acaso existe Eu sei que é tudo meio que em prol do amor de si próprio De querer mais que sair do caos Agora não me sinto mal, me achei sinto meus pés no chão de novo É casual, o acaso existe Eu sei que é tudo meio que em prol do amor de si próprio De querer mais que sair do caos Agora não me sinto mal, me achei sinto meus pés no chão de novo