Ali parada, sentada Com a cabeça esvaziada Observo, ao longe Calado E temo, tanta beleza Em um ser só Ninguém aguenta E eu planejo, falar com ela Escrevo bilhetes e faço poemas Penso nos assuntos que um dia viríamos a falar de Mas eu fraquejo E lá tô eu Bem perto dela Uns cinquenta metros Pra mim tá bom Já tô suando, tô ofegante Recuo dois passos só para não dar um adiante Não que adiante Alice Que tolice Eu aqui me declarando pra você E você Nem aí Para minha declaração Declaração Talvez nem seja Só um convite humilde para dia tomarmos um café Se der Se por acaso sobrar um tempinho no seu expediente Ou não Cê vê Me liga Ja pensou? Primeirou encontro, conversa fluida Segundo, terceiro e quarto encontros Ja é namoro Eu conheço seus pais você os meus Tá tudo uma maravilha Uma fartura Então num átimo de coragem Te peço em casamento Mas isso é sonho Alice Eu te pedindo em casamento que sandice Quem disse isso? Quem que disse? Logo eu Que de te olhar Já me arrepio Me desmonto Caio em pecas Imagina eu falando com você Quando te olhar já dói bastante Não Alice Meu lugar é aqui ao longe Olhando E o seu é aí sentada no banco desta praça Acho que assim é que tem graça