[Mema Fita] Moio, resolveu aperta o rec e me chama pro mic Não adianta se arrepender que agora é tarde Habilidade exercitada à vontade Sem restrição de CEP ou idade Na atividade, nunca parado, permaneço em movimento Correndo contra o tempo, quando me canso eu aumento No testamento, deixaram escrito a mensagem e eu acrescento Querem leva o que me serve de alimento Toma meu assento Na nossa, tô treinado E dessa taxa eu sigo isento Ligeiro e atento, munido de argumento Contra todo opressor que por aqui Distribui droga e armamento Fiz um armazenamento de ideias terroristas Pra um dia ver o exercito atraca do gueto ao centro Cessar a guerra, vira o jogo Aqui Germânia, Monte Azul Barato segue muito mais que loko No fim de semana Na fim de semana Chacina, campana Alegra o bacana Meu povo na lama Vou nessa Picadilha, linha de viver Sensacionalista pra quem só vê da TV Indiferente eu vejo, vivo, me incomodo e relato Pra não ser classificado rap universitário A la comédia Padrão classe média Na tela, pra alisa o Mauricio E agradar a Cinderela Eu sou Zumbi, Sou do moio e azedo nessa panela Faço rap de verdade sempre em prol da favela! Graças a Deus Tenho Eduardo nos falante Pra entende que a guerra existe e vai bem adiante Pra político safado entende que tô na mira Me vê, ouvi minha rima E saber que a poesia tem Influência de Steve Biko, Guevara, Ferréz Produção Sem Pala, Quebrada Viela 10 Tô fechadão com quem, ta fechado por amor Pra quem representa aqui e pra quem já representou [Helder Vinhola] Eu permaneço vivo, ainda rimo A minha coragem é maior que sua ambição Vejo desordem e regresso Pátria amada corrupção! [Duzzão] rap promove epifania, proporciona outra visão Governo te prende na tranca como faz Sidney Sheldon Don Perignon, servido num jantar na Haddock O vermelho do Cabernet contém o sangue de quantas mortes? Mídia me foque, não gostou? Então fuck you! Fui de leitura e vivência zona sul pra não ser só mais um Penso gigante na cidade grande, avante! Elite não quer colher revolta e ódio? Não plante! Me engane com a doação que mascara o preconceito Ao invés de dinheiro, de respeito por quem lava o teu banheiro Me vejo na condição de delação premiada Onde o prêmio é informação e libertação pra quebrada Bebo na poesia consciência idealista Eu trago rimas descritivas de influencia realista Cansei de ver o gueto vivendo a beira da morte Enquanto a Lava-Jato paga as férias no resort Pra eu nadar sem direção e morrer na praia sem suporte Meu rap é salva-vidas, não permite que eu me afogue Braço armado do estado fode quem se rebela E a alienação apresenta a versão moderna Moldura que brilha cega, atira a visão da pintura do quadro Infelizmente a cegueira do povo é muito mais do que o ensaio Espero que essa canção fortaleça o elo fraco E se preocupar com o próximo seja o princípio básico