Amanheceu, tempo passou E ele queria mais A estratosfera onde encontrou A almejada paz Que ele nunca conheceu Jamais acreditou Então olhou, não entendeu Qual era a sua função Naquela empresa, aquela loja Aquela fundação Descrita dentro do crachá De identificação Ouviu o chefe reclamar Por que você parou? Está doente, apaixonado Ou desencantou? Meu filho, não quero saber Se o salário não bastou Seguiu se arrastando meio Tolo sem saber falar Vocabulário, pensamento Nada a comentar E o mundo todo ao seu redor Não podia ser pior Que a multidão E nada além Queria ser Da multidão, também E pertencer, reconhecer Corresponder Ao outro ser E pertencer, reconhecer Fazer cumprir O seu dever, quem dera Num gesto derradeiro de Aproximação Estendeu o braço, o peito aberto À civilização Tentou falar o que sentiu Mas ninguém sequer ouviu Envergonhado enclausurou-se dentro De si mesmo E a vontade, e esperança Que deixou a esmo Nenhuma serventia E lá fora ainda ouvia A multidão E nada além Queria ser Da multidão, também