Igualdade já é uma raridade Trocaram por vaidade Pra ser alguém tem que ter maioridade Tem que fazer faculdade Hipocrisia em todas as idades Velocidade não é qualidade Os santos pedem paz Os seguidores fazem guerra Amor ao próximo se nega Muitos morrem por consumo de droga Enquanto mc's ostentam pó durante a folga Cabeça achatada Alienação de toda molecada Intolerância religiosa Cristo não pregava o ódio Pregava o amor Sempre aonde for Ninguém pensa em futuro sem causar dor É o oposto Tá servindo errado Tá sendo maquiado Ouça o conselho de luiz gonzaga Não tenho estudo Mas também não meto marra Seja maria, não seja marta Esse sistema não me amarra Não se contente com essa farsa Favela tá embaçada O passado não serve de incentivo Muçulmanos não são inimigos Sangue cearense Descendência nordestina Cabra macho, lampião Primeira dama maria bonita De hidrolândia a fortaleza Sou fruto de toda essa riqueza Riqueza em cultura História e agricultura Estou com a mãe natureza Rasgo elogio pra toda essa beleza São cristóvão, santo antônio Recite cordel anônimo Gastando um tempo conversando com seu zé Patativa do assaré Norte e nordeste, sul e sudeste Só moleque dá peste Não se avexe com o tempo, rima E com temperamento Já dizia rapadura Nordeste me veste Eles riem dá minha veste Mas não me inveje Estamos aqui primeiro e não falamos nada Pedimos apenas respeito pra alvorada Na enxada, chuva pro interior Eu me apresento Cearense de hidrolândia Eu sou xangô Todos os dias vejo um irmão Viciando um irmão Crime nunca será a solução Na favela não tem descriminação Mas tem criminalização Maconha e pó menor leva na mão Violência mata por prevenção Pais de família Morrem por dentro Por ver a filha viciada em cocaína A favela subestima Causa dor e não tem vacina Fazem de tudo pra ter droga Até libera a vagina Favela é selva Comunidade é asilo Encontro com a boca de fumo é atrito Os playboy consome em quilo Confronto com a polícia Morre mais um filho A população se apavora com tanto tiro Perdi 15 amigos na guerra Munição de prata não erra Entrou substituído viciado em erva No barzinho o pai se afunda em cerva Dentro dá favela é um mundo diferente Atinge famílias Coincidentemente O batuque do tambor Me lembra que eu sou Eu sou xangô Favela me fez um animal Foi assim que a vida me criou Por todo esse free Peço perdão senhor