Sempre tem a ver Tudo pode acontecer Nossa senhora de Copacabana Essa garota não me engana Rosto delicado e quente na cama É 4:20 o seu requinte que me inflama Não é zero a zero A vitória é um a um Grave nas caixas Funk na Norte na Sul Samba na Saúde, Rap na Lapa sem hora pra acabar De manha só um rango cura Sempre tem a ver Subo mais alto no décimo andar To em Dallas por que no te callas? daqui de cima vejo tudo fora do normal Uma mina se aproxima da minha rima Mexeu o cabelo e sorrio Excitante do Rio a Tóquio Político é tudo Pinóquio E a gente passa mal Eu abando, Saionará, Asta lá vista Só tem ladrão no trono com nome na lista Contando histórias que eu não perguntei Não é majestade, mas paga de rei São milhões de cabeças sonhando a noite Pois de dia é um açoite Merenda no recreio, futebol na escola Moleque no vapor Moleque na esquina pedindo esmola Uma lata de cola pra espantar o frio (e uma pedra) Na barriga o futuro do Brasil Poucos carros passando, É uma da manhã Do Taxi o amarelo do asfalto a tinta branca Sempre sai algo de bom (bom bom) Seguir andando eu quero (quero) Não me desespero, assim eu vou A cada placa azul uma antiga história Felicidades e tropeços me vêm na memória Faço a manutenção e sigo em frente Com muita atenção e o beat do Tupac na mente Dear Mama, uma nova ciência Deter a minha ação não tira minha crença Determinação e paciência A fábrica de obstáculos nunca fecha Para prensa, pensa, arruma uma brecha Nunca fecha Para prensa, pensa, arruma uma brecha Nunca fecha Para prensa, pensa, arruma uma brecha (x2) Eu observo não me disperso Fico submerso no ritmo dos teus versos Eu observo não me disperso Leio mais um livro pra não virar mais servo Falaram que a vida era dura, cheia de amargura Que tamo na terra pra sofrer Que esses momentos de sofrimento é que nos faz enobrecer Mas eu vejo crianças pedindo, roubando, fumando, usando, cheirando e vendendo Cadê a nobreza? Qual é o futuro? De quem já nasce se fodendo? A visão de futuro por trás do muro Que tapa a favela pra gringo não ver São mais que não tem nada E traficantes que possuem tudo que menor quer ter Quer entrar na loja, ser respeitado Tratado com confiança Mas é ignorado pela vendedora E perseguido pelo segurança Com o corpo desforme menor bicho solto na noite não dorme Polícia não perdoa e eles tão ligado E se juntam com mais 10 loucos de pedra do seu lado O cheiro de esgoto da viela pra ele é o cheiro do lar Mas sabe que os nóia não é aliado Quando a parada embaçar Cada um pelo seu, foi assim que aprendeu A escola da vida ensinou Que pra fugir da morte não basta ter sorte Nem chamar o J Joe Fugiu da escola, roubaram a merenda Esfaquearam o professor Falou com o irmão que é da facção Pediu pra virar vapor Ele disse que não, que isso não futuro Moleque volta a estudar Menor ficou bolado foi dar o sei jeito Desceu pro asfalto roubar Entrou no Cone ouvindo um som da Cone Roubou um iPhone, será que alguém viu? Certo ou errado, inocente ou culpado Me diga quem não rouba nesse Brasil? Vieram uns 7, gritanto pivete Melhor cê nem correr Espancaram no soco, chute e paulada E bateram até o menorzinho morrer (x2) Eu observo não me disperso Fico submerso no ritmo dos teus versos Eu observo não me disperso Leio mais um livro pra não virar mais servo