Eu vejo um teto no chão Dependendo do quarteirão Alguém me empresta uma mão Ou um veneno pra solidão Eu começava a tropeçar Quando olhava você a escorregar devagar no meu bolso. Não nego a nuvem cigana Assoprando as cortinas Mas não pense que é só poeira Aqui no terceiro andar Então, sem sentir nada, Eu deitava na sua voz. O coração pelo avesso que me mostrou Que cada tarde eu anoiteço. Sei que eu transbordo No seu telhado um coração Pra chuva suar verão Da sua varanda Não vejo escadas pelo ar A chuva vai transpirar Há um circo que rodeia nossa roda Tome cuidado Ele não é engraçado Mas eu vou te proteger.