Não sei se isso tem valor A vida é tinta colorida Na parede azul de dor Em meio a compassos e fetos de plástico Cirurgicamente pintados Sem rancor Quero voltar pro meu lugar De terra cinza e fina Fugir da babilônia Tempo de gente presa e oprimida E aquela história sua De existência insegura E tão fugaz Eu ando a pé nas ruas Sem desviar do meu caminho pra não tropeçar Nessas pessoas sem carona Que só sabem cantar Desiguais sempre caminham Sob as luzes amarelas Só caminham.. Rindo da dança lá fora Rindo do labirinto aqui dentro No primeiro dia do último ano Iluminando os caminhos Os caminhos me cegando