Nas paredes rubras do seu quarto com seu dom de enganar, dissimular, mentir Obras que escondem sua verdadeira face Cores que ocultam o seu verdadeiro modo de agir As flores mortas nas janelas são as únicas coisas reais Armada até os dentes de vermelho Recarregada até a tampa de amor barato Um ato falho, o orvalho do seu beijo O seu baralho já marcado com o próprio pecado Ao seu lado jogo dados, com a certeza de que vou perder, sim Faz o que queres de mim! Faz o que queres de mim! Faz o que queres de mim! Me localizo ao lado do seu leito par ser seus lábios Por menos lúdica que acena possa ser Só sei que sou o saldo certo para o seu salário O funcionário do mês se o trabalho é você O meu contrato um retrato de corpo inteiro e nu artístico Quando começa sua liberdade, começa o meu fim Faz o que queres de mim! Faz o que queres de mim! Faz o que queres de mim!