Ratos do deserto rondando por perto Som de trovoadas sem hora marcada Caos por todo lado, alicerce da realidade O sinal está aberto em mais uma esquina da cidade Sigo por esta estrada Gritos de socorro ecoam na madrugada Mais um corpo tomba na calçada Grades de ferro te predem em sua casa Sirenes fazendo zoada Nesta trilha sonora inacabada Mas o que dói é a espera Mas ainda não foi desta vez E o tambor da vida gira na rua. REFRÃO A roleta russa continua. Esperando outro freguês Mais um sinal em mais outra esquina E a esmola dessa vez é pra menina Seus olhos me acalmam Enquanto outros me oferecem cocaína Fecho o vidro de forma repentina Como quem já conhece esta rotina Fugindo eu sigo por essa estrada Olho pra trás e não vejo nada A palavra de ordem é a desordem e o futuro é incerto E a grande mentira é ser honesto REFRÃO Quero ficar sozinho sem pensar no resto O vício da guerra está em meus versos De uma vida contaminada, é o reflexo Da sociedade perdida e sem nexo Que se revela em parte anexa A uma outra apagada, é complexa! Prefiro fugir a fingir que não posso fazer nada E perder a batalha batendo em retirada REFRÃO