Bendita é o fruto, eu sou o fruto! Eu queria zerar o jogo e só zerei minha paciência Vi que a arte é o melhor crime porque não deixa evidência Tentei quebrar a corrente pra trazer mais coerência Eu nunca tive concorrência porque eu canto o que nós sente O essencial não é tocado e nem ouvido E quanto mais sentimental de fato menos tem sentido Tem tempos que não me perguntam como eu tô sentindo Eu sinto muito por você e sei que não é recíproco Em todo recinto recito meu ressentimento Sinto que é recente esse receio por meu sentimento Sinta-se à vontade, minha vontade é ver teu crescimento Mermo que isso envolva ver de perto nosso afastamento Das cinzas da bituca meu renascimento Quebrado fui eu mermo que juntei cada fragmento Despedaçado, um pedaço pra cada arrependimento Uma cicatriz pra cada relacionamento Relacionado à carência e caretice Por cantar o que eu sinto e não o que alguém me disse O silêncio tagarela, a depressão em aquarela Tá na hora da estrela, agora eu te entendo, Clarice Nesse mundo feito por adestramento e castração Pedem pra tu dar a pata ou é largado no lixão Meu lado psicopata é todo fruto de Zapata Eu sou pirata filho bastardo de toda a opressão Tão poético quanto colírio de limão Se faz bem ou não, depende só do seu ponto de visão Prum visionário pode ser uma maldição Já pro olho gordo a única solução Entre a cruz e a espada o rap sempre foi minha força Eu vi muita boca porca querer me jogar na forca Minha mente assassina como orca Meu estômago embrulha, mas a postura não emborca Na missão de salvar sua vida, irmão, embarca Nas águas da juventude a sabedoria se encharca Mude a sua geração, não seja um patriarca Não espere que Noé guarde um lugar pra tu na arca Quebrando verdades antigas virei a jovem promessa Eu sou a prova de que esforço traz sucesso mais depressa Não gostou? Me processa, seu ódio já não me estressa Eu sei que cê queria tá aqui, então confessa O céu é um cigarro e um café expresso Nunca tive apego com excesso Acho que vivo no meu próprio universo Onde as leis são naturais e Deus não julga o réu confesso Meu pescoço não serve pra corrente nem corda Quando me expresso não tem conservador que concorda Minha ânsia de igualdade hoje transborda Eu luto pela justiça dos homens enquanto Deus não acorda Me chame de Frank, a franqueza me faz tão bem Não sou Frankenstein, francamente mais pra Einstein Me perguntam se esse corpo ainda fé tem Eu rezo pro baralho e sei que a dupla de ás vem Nem sempre com as melhores cartas na minha mão eu venço E quando perco nunca me arrependo, paro, aprendo e penso Já falei pro meu demônio calar a boca E só abrir quando a palavra valer mais do que o silêncio Olhares doces e palavras amargas Fazem meu dia ser azedo Minha língua apimentada faz eu cuspir fogo Por isso que seu Deus de papel de mim ainda tem medo Na pobreza e na riqueza o homem se revela Canto por mim e pelo amor que eu tenho com a favela Também quero meu lugar na casa branca E no meu primeiro mandato eu pinto de preto as parede dela Eu não vim julgar nem sair nem descer nem subir Me manter, entender, evoluir Sou o que fui, o que sou e o que vou ser Eu sou eterno, aceita, a jovem promessa Nunca deixe ninguém te dizer que não pode fazer alguma coisa Se você tem um sonho, tem que correr atrás dele Se você quer uma coisa corre atrás Ponto, ponto; Nunca deixe Nunca deixe ninguém te dizer, que não pode fazer alguma coisa Nunca deixe ninguém te dizer que não pode fazer alguma coisa