O sonho tá 'moiado' as esperança foi pro ralo O céu não tá fechado mas os boy tão dando raio Meu rap é tempo, sem dinheiro nisso eu ralo Tão fora da lei se os gambé ver vão surra-lo Tudo que cê imagina por aqui se cria Menos alegria, essa gente fria me dá alergia O mal é igual coelho em excesso se procria Quando alguém caía, eu sei que você ria É tanto ódio que acordo injuriado Tomo uns remédio mas quem cura patrão enjoado Vou pro trabalho com o pretexto já ensaiado Fazer o que não gosta mano isso é bem 'zuado' Pobre engole sapo, os rico engole a gente Pelo progresso nosso estado é coagente Na sociedade insucesso vira reagente Não estudou até a faculdade, agora aguente Dentro do ônibus a agonia não é passageira Operário é levado igual resto de feira O itinerário é se foder de segunda a segunda-feira Você é o bife a empresa a frigideira Me sinto máquina na fábrica de ilusão A engrenagem enferrujada deixada no chão Não são não, não tem ninguém são É tudo efeito dos narcótico e dessa repressão Foda-se o prefeito, eu não sou perfeito Mas pra efeito tô me fudendo pra esses fazendeiro Cuidar do mundo esse sempre foi o meu defeito Enquanto o deles é cuidar do meu dinheiro Como vou sonhar se eles me tirar o sono? Se o rap é game do videogame os boy são dono As letra no abandono, eles não cuidam dos nossos Sou o cara que se errar fudeu, não tem Habeas Corpus É venenosa como serpente Quer te usar como servente Te dissolve como solvente Cê já era não tem semente É venenosa como solvente Quer te usar como semente Te dissolve como serpente Cê já era não tem servente Leviatã é um monstro e vai te 'contactar' Liguei no atendimento mas o Procon tá que tá Leia Thomas Hobbes pra eles não te roubar Nem assinem o contrato se não vão te contratar Isso num é ataque, mas eu tô bem atacado Não quero ser o Froid pra ser analisado Mas a indústria é um homem de cabelo alisado Odeia o rap, odeia os preto, quer nos ver banalizados