Eu sou apenas alguém Ou até mesmo ninguém Talvez alguém invisível Que a admira a distância Sem a menor esperança De um dia tornar-me visível E você? Você é o motivo Do meu amanhecer É a minha angustia Ao anoitecer Você é o brinquedo caro E eu a crianca pobre O menino solitario que quer ter o que não pode Dono de um amor sublime Mas culpado por quere-la Como quem a olha na vitrine Mas jamais podera te-la Eu sei de todas as suas tristezas E alegrias Mas você nada sabes Nem da minha fraqueza Nem da minha covardia Nem sequer que eu existo É como um filme banal Entre o figurante e a atriz principal Meu papel era irrelevante Para contracenar No final No final No final