Hoje tive um sonho Um sonho um pouco diferente Eu sonhei, que todo mundo era gente Gente sei que somos Mas gente descente Em um lugar maravilhoso E vivíamos contentes e felizes Porque o mal lá não havia Era apenas beleza A nossa natureza era completa e pura As águas eram limpas E o ar sem poluição O verde era mais verde E Havia solução para qualquer problema Viver valia a pena! Não havia preconceito Todos tinham direito De luta pelo oque é seu até mesmo eu Era apenas um sonho mas parecia real As raças eram respeitadas era tudo igual Não existia classe alta, média ou baixa Os empregados era patrão E todo mundo se mandava Mas havia o limite e o tempo certo Parecia um paraíso todos eram honestos Havia baile funk mas não com muita gente Além de ser mas calmo era diferente As músicas as mesmas e avia mas galeras Se fosse desse jeito vou dizer valia a pena Não havia violência se tratavam como irmãos Todos se respeitavam dentro e fora do salão O povo ia pro baile pra curti e namorar E aproveitava o prazer dado que a nossa vida nos dá Até mesmo os que se foram no sonho estavam presentes Vou ser sincero, havia muita gente Flavio, Isaías, Sujeira e Paulão Peixinho, Maquinho, Capenga, Precioso e Bagulhão Todos se divertiam e brincavam pra valer O representante era Pierre e a galera do sapê Do campinho vinha Papel, Erick e Risadinha Beiça puxava a mula violência lá não tinha Cabelin e Pretun, Juca e Barelia Jorgin, Neperí, Tarcizin e Pachela Perin, Paulin, Caó, todos do faz quem quer O trenzinho era de paz e brincava quem quiser Eu me lembro que no sonho havia muita gente Até o boteco e o Ninja apareceram de repente Vinham no trenzinho zoando em minha frente Sentimos suas falta, volte para Vila Kennedy O DJ era Bozó que agitava toda hora A atração daquela noite era Cidinho cambalhota Apresentava um clip novo que eu vi a primeira vez Era um rap bem rasteiro quem cantava Marvin Gaye Era apenas um sonho, mas parecia real Mas parecia real Mas um choro inocente despertou a minha mente Eu acordei muito assustado E quando eu olho para o lado A criança que ali havia, tão contente ela sorria Viro o rosto pra janela e sinto clarear o dia Foi ai que eu percebi que estava sendo iludido Hoje eu vejo a mesma coisa e sinto arrependido A natureza acabada, tanta coisa ta errada Preconceito e as crianças, jogadas na estrada Guerra, brigas e mortes é a rotina do viveu Os jovens lutam contra a sorte, nada podemos fazer Guerra, brigas e mortes é a rotina do viveu Os jovens lutam contra a sorte, nada podemos fazer, amigo Que juventude é essa que esta alienada? Tantos tiros, tanto sangue, tantas mortes e porradas Tanto ódio implantado dentro de um só coração Que fazem a vingança com suas próprias mãos Que juventude é essa que não da valor a sorte? Fazem guerra e suas gerras já geraram muitas mortes Não respeita a própria vida E fazem muitas mães chorar Pois alguns saem de casa para nunca mas voltar Que juventude é essa que esta sendo criticada Pelos jornais e revista estão sendo massacradas Uma juventude rude que não toma uma atitude Pare! Pense um pouco cara, mude E mostre para todos que somos gente descente Que esse mal que você tinha foi curado para sempre Cidade alta, Juramente, São José do asfalto Jorge turco, Cajueiro, Outerio e Macaco, Faz quem quer Santa cruz, Andarai, Vaz lobo E Beira do Caju, Vila Paulina e Rodo Pôs eu peço, um apelo para todos Esqueça a violência e faz um mundo novo Pensa nas crianças que ainda há de nascer Antes que seja tarde para não se arrepender Pôs eu peço, um apelo para todos Esqueça a violência e faz um mundo novo Pensa nas crianças que ainda há de nascer Antes que seja tarde para não se arrepender, amigos Hoje tive um sonho Um sonho um pouco diferente Eu sonhei, que todo mundo era gente Gente sei que somos Mas gente descente Em um lugar maravilhoso E vivíamos contentes e felizes