Polícia me para Pergunta meu nome Da onde que eu venho Pra onde eu vô Depois disso tudo Me arrasta pro beco Me dá uma cossa no puro caô Isso não tem hora Não tem lugar Chego em casa Com muita dor Na vista deles Só mais neguin Não tá nem aí Se é trabalhador Olha madame Passando rua eu tranquilamente Sem fazer nada Me avistou Já ficou em choque E do nada já mudou de calçada Não entendi Parei pá pensa Era pela cor Que coisa errada A madame rica Desviou do preto Porque tá com medo De ser assaltada Antigamente Usava corrente No pé e não mão Não pode dá grito Hoje agente Ainda usa Mas e no pescoço Pra fica bonito Só trabalhador Só vencedor Vida humilde Eu ganho pouco Eu vô batalhar Seis vão se morder Quando avistar mais um preto no topo Você me julga Fala baixinho Aquele moleque Veio do gueto Eu posso tá pensando errado Mas tu fala isso pro que eu só preto Eu não pedi pro meu criador Tenho essa cor não foi porque eu quis Eu me orgulho Não tenho vergonha Pois sei que com ela Honro minha raiz Cabelo afro Nariz largo Boca grande Cor de pele É O que me faz ser negro E o que ti interfere Dropei nesse bombap Pá escrever essas track Mar tão não vai me entender Com pensamento de moleque E quem disse que o preto Não pode ser empresário E quem disse que o preto Não pode virar doutor O pretin jogando bola dentro da quebrada Eu tenho fé que um dia ele vira jogador Afetado por muita coisa Isso me dá até medo Os negros são os mais afetado por desemprego E cada vez fica pior Com medo da minha banca De 100 assassinatos 21 de gente branca Trabalhando dobrado Num serviço puxado Se eu lança carro do ano Vão achar que e roubado Entrei num restaurante Com minha preta do lado Me disseram que a porta dos funcionários e do outro lado Eu fico revoltado Como isso se persiste 3 séculos passaram Mas isso ainda existe? Melhor toma cuidado O Djonga tá na pista Ele tem mania de tacar fogo nesses racista