Tã tantantã tantantã Tantã tantã tantantã tantantã Tã tantantã tantantã Tantã tantã tantantã tantantã No ônibus sigo apertado Sonhando com carro importado Todo dia a mesma rotina Inda bem que existe o boteco da esquina Lá eu bebo e converso fiado Sou um homem honesto, eu sou respeitado E foi lá que um amigo falou O nosso grande erro é votar em “dotô” Dotô é um homem instruído E fala tão bonito que ficamos seu fã Mas depois que o sujeito é eleito Esquece nóis aqui parecendo tantã Tã tantantã tantantã Tantã tantã tantantã tantantã Tã tantantã tantantã Tantã tantã tantantã tantantã Muitas vezes eu fiquei sem trabalho Mas seguia vontando no grande empresário Nesse tempo eu vivia de bico Mas seguia votando no cara mais rico A carne até risquei da minha lista Mas seguia votando no pecuarista Mas agora vou votar diferente Vou votar no pobre que é gente da gente Pois o pobre merece respeito Bem cedo vai à luta há cada manhã E se acaso conseguir ser eleito Será um pobre a menos parecendo tantã Tã tantantã tantantã Tantã tantã tantantã tantantã Tã tantantã tantantã Tantã tantã tantantã tantantã Mas vejo vim vindo no vento O cheiro de um novo tempo Onde eleito só será o baixa renda O rico não nos representa Não haverá mais a reeleição Política não é profissão E o Brasil será grande de fato Deixará de ser o país do amanhã Com casa e comida no prato Não terá um só brasileiro Parecendo um tantã Tã tantantã tantantã Tantã tantã tantantã tantantã Tã tantantã tantantã Tantã tantã tantantã tantantã