Eu vim de onde o couro come A favela no sangue, nunca sai de mim Eu vim das ruas sem asfalto Pisando no barro, fumando um verdin Mas só, que a dona Beth deu educação pra mim Bateu pra mim entender que o mundo não é facinho Que o mundo não é facinho E eu tirei o aprendizado Que o certo não é o errado Que o errado é cobrado Me envolvi com a função Com vários maloca bom Que dispensa comentário Porque, como todo pivete, sonho de moleque de ser jogador Não deu Cresci Pra ódio do inimigo Aprimorei meu dom De cantar e compor Fudeu Eu tô na luta dia – a – dia pela minha família Pra ver minha piveta formar em medicina Pra provar pra esses c* que a gente tem vigor Na favela tem traficante Mas vai ter doutor Eu tô cansado de opressão Devido a situação Por ser preto, favelado Os bota chega me enquadrando No esculacho, me xingando Pra me ver intimidado Porque eles não aguenta Ver o pretinho de 600 Julga no primeiro ato É traficante ou é ladrão? Vai, não mente pra nós não Vamo logo trocar um papo Senhor, faz ai o seu papel que eu preciso ir E me respeita por favor, não me julga assim Que eu sou só cantor de funk, não devo pro ceis Pode puxar minha capivara e confirmar de vez