Menino-larica, fumaça na cachola, Pupila dilatada não enxerga à escola. Expulsam de casa, abandono da família, A vida marginal pode ser a sua via, Pois no “vamo vê” ele é abandonado, Não tem um colo ou aquele papo, De pai pra filho mostrando que se importa, Mas o pai só o chuta o fora e mostra que não se importa. E nessa hora quem será o seu amigo? Pois é o baseado que nas ruas da abrigo E te da um emprego, vais ser aviãozinho. Larica na ideia, bandidagem é seu caminho! E o caminho é de mão única, no final tem um abismo, Indo sem perceber como quem tem autismo, Cair no inferninho, se perder na fumaceira, A praia é da branca que conduz a pedreira, Papel pra enrolar, o dedo no gatilho pronto para atirar... De menino inocente que fuma umzinho, Ela anda agora por um triste e curto caminho, Mas o salário é bem gordo, super disputado, Tem que ter antecedentes, vem ate deputado, Mas no final quem se fodi é o aviãozinho Ele vai de teco-teco e o deputado de jatinho Teco-teco é tombado pelo policial Eu não vou critica-lo é seu dever social, De proteger a sociedade da bandidagem Eu só peço a Deus um pouco de malandragem. Pra pegar o chefe do trafico que não mora na favela E sim numa mansão muito grande e muito bela, Só que pro juiz não interessa Mandando subir no morro outra remessa de policias assustados, com medo de serem baleados e desculpa a quem me escuta, se fugi do tema, isso é noticia de jornal O Povo e não noticia de cinema para ver se alguém acorda e segura a mão do Menino-larica não virar ladrão, se limpar, se tratar e se cuidar não é a maconha que mata, mas pode ajudar.