Virei chão, virei poeira Virei rio, virei mar Vi que a vida é correnteza Que nos leva a navegar Vi que o tempo é fortaleza Nos fazendo acreditar Retiraram minha terra Meu destino, meu lugar Minha gente, minha vida Minha esperança, meu par Me deixaram sem razão Pó Hoje dizem que sou livre Que sou feliz outra vez Como posso, com as marcas Dessas que o destino fez Cicatrizes não se apagam Quando tá no coração Pois vez em quando Pode vir Não vejo a estrada Perdi meu rastro Meu chão Vivi a maldade Na algema de ferro e grilhão Não vou só Não vou só Não vou só, não Só não