A saudade é uma aranha que desce com perfeição Com a teia do desejo na tela da ilusão Fazendo o amor nascer nas entranhas Tatuando sentimentos Nas fibras do coração Para sonhar com alguém e acordar na solidão Ave que sabe voar não tem medo de altura Esperança é toda verde, nem o tempo te madura Capivara não tem rabo, e sapo não tem cintura Espinho não fera a flor, Manjuba não tem gordura Não tem coração de ferro que o amor bate e não fura Amizade não tem preço, pouca gente compreende De tão cara não se compra, de tão rara não se vende O dom de ser um poeta na escola não se aprende Toda criação divina, a ciência não entende Só enxerga um vaga-lume quando a sua luz se acende A bondade, meu amigo é o remédio universal Na dose certa faz bem, exagero só faz mal Tem muita gente invejosa sem história cultural Se achando um violino, sem passar de um berimbau Tenho proteção divina do meu pai celestial