Achei a parede da antiga morada Toda rascunhada de giz de carvão Lembrei dos irmãos da nossa turminha E a nossa mãezinha ensinando a lição Parede que sempre papai repintava Mamãe se esforçava pra gente aprender Se raspar a tinta por baixo aparece Cebola com s e sapo com c Era nossa lousa aquela parede Nós tínhamos sede de ler e escrever Pois a minha letra eu reconheci E chorei de rir com que pude ler Quatro vezes quatro na frente dezoito E dez menos oito ali estava três Agora crescido correndo a vivência Eu vejo a inocência que o tempo desfez